Redes Sociais Virtuais

Posted by Paulo CUATO on 01:21
Nos dias que correm é difícil imaginar uma vida sem televisores, leitores de multimédia, câmaras fotográficas, consolas de videojogos, telefones móveis, computadores e a internet que no seu conjunto nos apresentam as famosas Tecnologias de Informação e Comunicação que assentando em pressupostos de facilidade de criação, tratamento, armazenamento e transmissão da informação mudaram a forma de pensar e fazer o trabalho e o entretenimento humano, a sua utilização é factor de desenvolvimento.

O valor destas desde a ciência à arte, da educação ao entretenimento, do desporto à técnica é claramente indiscutível, porque a entrada dos processos automáticos de geração de informação, a destacando o computador como principal elemento deste conjunto, aumentaram a quantidade de informação, a qualidade, a rapidez de troca e encurtaram distâncias, trazendo eficiência e competitividade aos mercados.

Aos computadores que criavam, tratavam e guardavam a informação, acrescentou-se-lhes a capacidade de transmissão de qualquer lugar a qualquer hora ligados a uma rede mundial, surge a internet, que com o contributo de Tim Berners-Lee com a sua World Wide Web democratizou o seu uso, embora a ideia inicial fosse somente a troca de informação entre estudiosos da física.
Hoje a realidade da internet é tão presente e frequente, que mais do que existir nas nossas vidas, cria um mundo virtual paralelo, em que quase todos aqueles que ignoram tal realidade ficam de fora dos portais, endereços de e-mail, canais de busca, mensagens instantâneas, blogs, wikis, mercados on-line, partilha de ficheiros P2P, bate-papos, bolsa de valores virtuais, imprensa online e as tão em voga redes sociais virtuais.

MySpace, Hi5, Badoo, Twitter e Facebook são nomes tão correntes no vocabulário do homem médio, deixando de ser interesse exclusivo dos entusiastas da internet, passando a ser uma extensão da vida social, um espaço de socialização mesmo que virtual de fazer e manter amigos, recordando aquela ideia do homem ser social que já não se confina a um espaço geográfico. Nas redes sociais virtuais encontramos, fazemos e mantemos velhos e novos amigos, parentes, colegas, namorados e até relações profissionais, através do poste de fotos, vídeos, música, notas a que os nossos amigos acompanham e comentam.

São dos sites que mais crescem tanto que no ranking da Alexa, o só perde pela Google em quantidade acesso, com os seus usuários estimados em 500.000.000 segundo a Wikipédia, valendo-lhe uma excelente produção de Hollywood com o longa-metragem, A Rede Social, tornando Mark Zuckerberg o multi-milionário mais jovem segundo a Forbes com uma fortuna avaliada em 6.9 biliões de dólares, e rendendo-lhe o título de figura do ano pela Times magazine.
Para o angolano, mais do que meros usuários destes websites, já se vai entrando também como anunciantes e formadores de grupos e defensores de causas.

Mas nem tudo são rosas neste mundo que torna as pessoas cada vez mais ociosas e fúteis, resumindo a vida num conjunto de fotografias tiradas em momentos as vezes inglórios, limitando a privacidade e algumas vezes descambando em episódios de roubo de identidades e abrindo brechas na própria segurança dos sistemas, trazendo vírus, spams e hackers para as nossas máquinas cujos damos não se ficam pelo mundo virtual, mas transpondo-se para a realidade de uma forma traumática.

Na nossa história recente já vimos alguns episódios que recomendam cautela aos usuários e exigem regulamentação, para esta realidade que agora se nos apresentam como protecção das pessoas e empresas, pouco ou muito avisadas em matérias de segurança.
Termino dizendo que o computador ou a internet são inofensivos sendo os homens os responsáveis pela feição que elas tomam.